domingo, 11 de outubro de 2009

NICOLAU MAQUIAVEL

Nicolau Maquiavel, nascido em Florença em 1469, além de diplomata, dramaturgo, filósofo e historiador, foi um grande cientista político italiano do Renascimento. Apesar de ter sido perseguido, preso e torturado, nos deixou como legado obras que se tornaram clássicos das ciências humanas, a exemplo de seu livro intitulado O Príncipe. É nele que Maquiavel desenvolve a célebre idéia de que, no exercício do poder, muitas vezes “os fins justificam os meios”. Atualmente, os termos maquiavélico e maquiavelismo, originários de seu nome, assumem significados pouco nobres: maquiavélico é aquele ser frio, calculista, capaz de cometer traição, alguém de comportamento sórdido, imbuído de um tipo de esperteza vil que busca alcançar os seus objetivos sem se preocupar com nenhum princípio ético ou moral. Essa fama parece, no entanto, um pouco injusta. Não foi Maquiavel quem inventou esses métodos mundanos de atuação.
Na realidade, ele se tornou um dos grandes pensadores a explicitar a crueza e o caráter terreno das ações humanas – especialmente as dos governantes -, demonstrando a hipocrisia moral de sua época. E, infelizmente, a obra de Maquiavel continua extremamente atual ao desvendar os mecanismo de funcionamento da nossa sociedade contemporânea.
Estamos na era da bioética,podemos clonar animais?Podemos clonar seres humanos?Podemos manipular células-tronco?
As conquistas científicas nas áreas das ciências moleculares têm como fim um número ainda inimaginável de benefícios para a humanidade.Isso ninguém discute.Mas por qual meios iremos alcançar esse fim?Muito mais do que desvendarmos uma questão técnica ao questionarmos se devemos ou não manipular embriões humanos, caímos numa discussão no terreno da filosofia.E a filosofia é feita muito maisde perguntas do que de respostas.Ressurge a velha questão"os fins justificam os meios?"

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